sexta-feira, 25 de junho de 2010

Ditados e Termos Populares

Aqui apresentamos várias crenças e ditos populares, se tem dúvida agora é a oportunidade.  Bom Proveito

Crenças
Superstições são influências da crença tradicional e popular, sem caráter lógico ou científico, de que certos fatos inexplicáveis podem causar ou predizer um acontecimento aparentemente relacionado na convicção de que certos atos, palavras, números ou objetos trazem males, benefícios, fortuna ou má sorte.

Em todos os tempos, praticamente, o ser humano alimentou crenças irracionais. Até mesmo na era moderna, em que a evidência objetiva e a racionalidade são mais valorizadas, são raras as pessoas que não nutrem secretamente uma ou mais crenças irracionais ou superstições.

Diversas atividades do nosso cotidiano estão envolvidas em superstições. Estas relacionam-se com o comer, dormir, trabalhar, brincar, casar-se, adoecer, morrer, as situações de relacionamento amoroso, de insegurança e perigo.

Veja alguns exemplos:

Coceira na Mão: Se a palma da mão esquerda coçar, é sinal de que vem vindo dinheiro. Mas se a palma da mão direita é que estiver coçando, uma visita desconhecida está para aparecer.

Por Debaixo da Escada: Passar por debaixo de uma escada é mau-agouro.

Pé de Coelho: Carregar ou Pendurar pé de coelho à entrada da casa atrai sorte, fortuna e saúde.

Orelha Quente: Se sua orelha esquentar de repente, é porque alguém está falando mal de você. Nesses casos, vá dizendo os nomes dos suspeitos até a orelha parar de arder. Para aumentar a eficiência do contra-ataque, morda o dedo mínimo da mão esquerda: o sujeito irá morder a própria língua.

Gato Preto: Na Idade Média, acreditava-se que os gatos eram bruxas transformadas em animais. Por isso, a tradição diz que cruzar com um gato preto é azar na certa.

Espelho Quebrado: A superstição prega que serão sete anos de má sorte. Ficar se admirando num espelho quebrado é ainda pior - significa quebrar a própria alma. Ninguém deve se olhar também num espelho à luz de velas. Não permita ainda que outra pessoa se olhe no espelho ao mesmo tempo em que você.

Guarda-Chuva: Dentro de casa, o guarda-chuva deve ficar sempre fechadinho. Segundo uma tradição oriental, abri-lo dentro de casa traz infortúnios e problemas de saúde aos familiares.

Aranhas: Aranhas, grilos e lagartixas representam boa sorte para o lar. Matar uma aranha pode causar infelicidade no amor.

Verrugas: Segundo a superstição popular o que faz nascer verrugas é apontar para estrelas, ou deixar pingar o sangue de uma verruga na pele.

Brinde: Se a pessoa estiver bebendo alguma bebida alcoólica, não brinde com alguém cujo copo contenha uma bebida sem álcool. Vocês estarão se arriscando, nesse tin-tim, a ter seus desejos invertidos.

Sexo do bebê: Existem algumas crendices para tentar adivinhar. 1. Pedir à futura mamãe que mostre a mão é uma delas. Se ela a estender com a palma para baixo, será menino. Se a palma estiver para cima, nascerá uma menina.
2. Existe também a linguagem do ventre. Se for pontudo e saliente, é sinal de que um menino está para chegar. Arredondado e crescendo para os lados será menina.
                       
Ditos Populares ou Frases Feitas
As frases feitas têm origem na sabedoria popular e se ajustam perfeitamente a uma determinada situação ou ao assunto de uma conversa bem informal. A frase feita, mesmo com poucas palavras, faz entender o que se quer dizer e é empregada de maneira, no mínimo, curiosa e engraçada.

Dar uma de João-sem-braço;
Com a mão na roda;
Tomar/ Dar chá de cadeira;
Pendurar as chuteiras;
Engolir sapo;
Tirar o cavalo da chuva;
Molhar o biscoito;
Chutar o balde;
Com a corda no pescoço;
Descascar o abacaxi;
Trocar as bolas;
Chorar pelo leite derramado;
Catar coquinhos;
Fazer tempestade em copo d’água;
Andar na linha;
Com a pedra no sapato;
Mala sem alça;
Botar as barbas de molho;
Segurar vela;
Com a faca e o queijo na mão;
Tirar o pai da forca;
Jogar verde para colher maduro;
Um pé lá e outro cá;
Pau de dois bicos;
Com o rabo entre as pernas;
No dia de São Nunca;
Maria vai com as outras;
Chegar/Sair de mãos abanando;
Sair que nem cachorro magro;
Ficar na aba;
De cabo a rabo; Juntar os trapos;
Sem pestanejar;
Fazer de gato e sapato;
Pegar com a boca na botija;
Botar no chinelo;
Descer o morro;
Quebrar o barraco;
Ficar com água na boca;
Lamber os beiços;
Morar onde Judas perdeu as botas;
Vira-casaca;
Botar tudo em pratos limpos;
Não dá nem pra saída;
Pau pra toda obra;
Estar pro que der e vier;
Quem cai na rede é peixe;
Tirar farinha;
Bêbado que nem gambá;
Estar de rabo cheio;
Estar de ovo virado;
Estar de saco cheio,
Estar de conversa mole;
Meter os pés pelas mãos;
É hora da porca torcer o rabo;
Levantar com o pé direito/esquerdo;
A vaca foi pro brejo;
Pra cima de mim, essa não cola;
Falar abobrinhas;
Dar o bolo;
Com o pé na jaca;
Arroz de festa; Cantar pra subir;
Levar gato por lebre;
Dar/levar o calote;
Estar com a pulga atrás da orelha;
Tomar tendência;
Passar por maus pedaços;
Estar em maus lençóis;
Levantar a poeira;
Sacudir a poeira;
Com o pé atrás;
Botar a boca no mundo;
Pé-de-chinelo;
Fazer pé-de-meia;
Pé-frio;
Ter os pés no chão.

Coletânea de Provérbios Brasileiros:

"Seja dono da sua boca, para não ser escravo de suas palavras!"

"Quem conta com a panela alheia, arrisca-se a ficar sem ceia."

"Pai fazendeiro, filho doutor, neto pescador."

"Em terra de cego, quem tem um só olho é rei."

"Um homem prudente vale mais que dois valentes."

"As porcelanas mais resistentes são as que vão ao forno mais vezes."

"Quando a carroça anda é que as melancias se ajeitam."

"As necessidades unem, as opiniões separam."

"O grande trunfo da vitória é saber esperar por ela."

"A assombração sabe pra quem aparece."

"Pra bom entendedor, piscada de olho é mandado."

"A vingança é doce, mas os frutos são amargos."

"Ladrão endinheirado, não morre enforcado."

"A viagem é mais rápida, quando se tem boa companhia."

"Beleza sem virtude é rosa sem cheiro."

"Atravessa-se o rio onde é mais raso."

"Bezerro manso mama na mãe dele e na dos outros."

"O invejoso emagrece só de ver a gordura alheia."

"Bom é saber calar, até o tempo de falar."

"Cachorro mordido por cobra tem medo de lingüiça."

"Cabeça vazia é oficina do diabo."

"Um chato nunca perde o seu tempo, perde sempre o dos outros."

"O ciúme infinito, às vezes acorda a curiosidade que está dormindo."

"Na vida é assim: uns armam o circo, outros batem palma."

"As melhores essências estão nos menores frascos."

"Cavalo de cachaceiro conhece o caminho do boteco."

"Conhece-se o marinheiro, no meio da tempestade."

"De tostão por tostão se chega-se ao milhão."

"Atrás de um grande homem, há sempre uma grande mulher."

"Eduquem as crianças e não será preciso punir os homens."

"Mais anda quem tem bom vento, que quem muito rema."

"Em boca calada não entra mosca."

"Como ser chato não se aprende, se nasce."

"Na boca de quem não presta, quem é bom não tem valia."

"Em terra onde não há carne, urubu é frango."

"Casa onde falta pão, todos brigam e ninguém tem razão."

"Gente ruim é como dor de dente: quanto mais se presta atenção nela, mais incomoda."

"Cana na fazenda dá pinga; pinga na cidade dá cana."

"Gosto não se discute, se lamenta."

"Jogar verde pra colher maduro."

"Julga-se pelas ações e não pela conta no banco."

"Loucura é breve, longo é o arrependimento."

"Macaco velho não põe a mão em cumbuca."

"Não é por muito madrugar que amanhece mais cedo."

"Aproveita o que diz o velho e valerá por dois o conselho."

"O dinheiro compra pão, mas não compra gratidão."

"Por falta de um grito vai-se embora uma boiada."

"Quando a cabeça não pensa o corpo padece."

"Seja paciente na estrada para não ser paciente no hospital."

"Da vida, o amor é o mel, do amor o ciúme é o fel."

"Má companhia torna o bom mau e o mau pior."

"Cada qual estende a perna até onde tem coberta."

"A gato pintado não se confia a guarda do assado."

"A voz do povo é a voz de Deus."

"De nada adianta o vento estar a favor se não se sabe pra onde virar o leme."

“Quem dá ao pobre, dá a Deus”

Folclore do Trava Língua
Podemos definir os trava línguas como construções lingüísticas folclóricas criadas pelo povo com objetivo lúdico (brincadeira). Apresentam-se como um desafio de pronúncia. 

Estas frases tornam-se difíceis, pois possuem muitos grupos de sílabas parecidas (exigem movimentos repetidos da língua) e devem ser faladas rapidamente. É uma espécie de jogo verbal que consiste em dizer com clareza, agilidade e rapidez, versos ou frase com grande concentração de sílabas difícies de se pronunciar, ou de sílabas pronunciadas com os mesmos sons, mas em ordem diferente.

Como isso costuma provocar dificuldade de dicção ou paralisia da línqua (trava-língua "), diverte e provoca disputa lúdica para saber quem se sai melhor nessa brincadeira. É quase impossível pronunciá-las sem tropeço.

Os trava-línguas já fazem parte do folclore brasileiro, porém estão presentes mais nas regiões do interior brasileiro.

Exemplos de trava-línguas:
(repita estes três vezes)

"Aranha arranha o jarro, o jarro a aranha arranha."

"A babá boba bebeu o leite do bebê."

"Atrás da pia tem um prato, um pinto e um gato. Pinga a pia, apara o prato, pia o pinto e mia o gato."

"O Pedro pregou o prego na parede."

"O Papa papa o papo do pato."

"Um ninho de mafagafos, com cinco mafagafinhos, quem desmafagafizar os mafagafos, bom desmafagafizador será."

"Três tigres tristes para três pratos de trigo."

"0 rato roeu a correia da carroça do rei de Roma."

"O rato roeu a roupa do rei da Rússia; A rainha de raiva roeu o resto."

"O peito do pé do pai do padre Pedro é preto."

"O peito do padre Pedro é preto."

"O tempo perguntou ao tempo, Quanto tempo o tempo tem, O tempo respondeu pro tempo, Que o tempo tem tanto tempo, Quanto tempo o tempo tem."

"Olha o sapo dentro do saco, o saco com o sapo dentro, o sapo batendo papo e o papo soltando vento."

"Cozinheiro cochichou que havia cozido chuchu chocho num tacho sujo."

Expressões trazidas para a
Língua Portuguesa
pela Corte em 1808

Contribuições que a Corte Portuguesa deixou como herança na nossa cultura lingüística e popular:

DEIXAR AS BARBAS DE MOLHO - Ficar de sobreaviso, acautelar-se, prevenir-se.

- Ter a barba cortada por alguém representava uma grande humilhação. Essa idéia chegou aos dias de hoje. Um dito popular português diz que "quando você vir as barbas de seu vizinho pegar fogo, ponha as suas de molho".
Todos devemos aprender com as experiências dos outros.

FALAR PELOS COTOVELOS - Falar demais.

Surgiu do costume que as pessoas, muito falantes, têm de tocar o interlocutor no cotovelo a fim de chamar mais a atenção.

CUSPIDO E ESCARRADO - Uma pessoa é muito parecida com outra. 

A origem do ditado vem da expressão: "esculpido em Carrara". A frase é uma alusão à perfeição das esculturas de Michelangelo, pois Carrara é um mármore da Itália e foi bastante usado por ele. Algum tempo atrás, em Lisboa, significava fazer bustos de pessoas famosas em carrara, o mais chique dos mármores, ou seja, fazia uma cópia perfeita da fisionomia da pessoa.

À BEÇA - Muito, em grande quantidade. 

Na Corte Portuguesa, havia um comerciante rico chamado Abessa, que adorava ostentar roupas de luxo. Quando alguém aparecia fazendo o mesmo, dizia-se que ele estava se vestindo à Abessa, ou seja, como o comerciante. Virou sinônimo de abundância, exagero.

PODE TIRAR O CAVALO DA CHUVA - Pode esperar que vai demorar.

No interior de Portugal o meio de transporte mais utilizado era o cavalo. Além de não enguiçar nem parar por falta de combustível, o cavalo tem a vantagem de deixar clara a intenção do visitante na chegada. Se ele amarrava o bicho na frente da casa, sinal de permanência breve; se levava para um lugar protegido da chuva e do sol, podia botar água no feijão que o gajo ia demorar. Depois o sentido da expressão se ampliou para desistir de um propósito qualquer.

OVELHA NEGRA DA FAMÍLIA - Filhos que não têm bom comportamento.

A história dessa frase nasceu do milenar trabalho de pastoreio. Em todo o rebanho há um animal de trato difícil, que não acompanha os outros. Cuidando das ovelhas, protegendo-as dos lobos, providenciando-lhes os melhores pastos, o pastor não evita, porém, que uma delas se desgarre. É a "ovelha negra". Por metáfora, a frase passou a ser aplicada nas famílias e em outras comunidades, a filhos ou a afiliados que não têm bom comportamento.

BATEU AS BOTAS - Morreu.

Esta frase é uma variante das tradicionais "Esticou as canelas", "Abotoou o paletó", "Partiu desta para melhor". O curioso, porém, é que se aplica apenas ao morto adulto, do sexo masculino, que tenha o costume de andar de botas ou ao menos calçado. O sapato tem sido símbolo de qualificação social ao longo de nossa história. Provavelmente bate as botas ao morrer alguém de certas posses, ao menos remediado. Outros mortos apenas esticam as canelas ou partem desta para melhor.  Dependendo da herança, sua partida é mais favorável para quem ficou. As origens da frase residem no bom trato despedindo aos mortos, posto arrumado no caixão, com o paletó abotoado.

CONVERSA MOLE PARA BOI DORMIR - Assunto sem importância.

Esta frase nasceu quando o boi era tão importante que dele só não aproveitava o berro. Tratado quase como pessoa, com ele os pecuaristas conversavam, não, porém, para fazê-lo dormir. Nas touradas, quando o boi ainda é touro, até sua fúria compõe o espetáculo.

DEU DE MÃO BEIJADA - Entrega espontânea.

Esta frase nasceu do rito empregado nas doações ao Rei ou ao Papa. Em cerimônia de beija-mão, os fiéis mais abastados faziam suas ofertas, que podiam ser terra, prédios e outras dádivas generosas.

INÊS É MORTA - Não adianta mais.

Personagem histórica e literária, celebrada em Os Lusíadas, de Luís de Camões (1524-1580), Inês de Castro (1320-1355) teve um caso com o príncipe Dom Pedro (1320-1367), com quem teve três filhos. Por reprovar o romance, a casa real condenou a dama castelhana que vivia na corte portuguesa à morte por decapitação. Ela literalmente perdeu a cabeça por um homem. Quando já era o oitavo rei de Portugal, Dom Pedro deu-lhe o título de rainha. Mas àquela altura logicamente isso de nada adiantava: Inês já estava morta. A frase passou a significar a inutilidade de certas ações tardais.

MISTURAR ALHOS COM BUGALHOS - Frase que sintetiza confusão.

Frase de uso corrente na linguagem coloquial desde os tempos dos primeiros cultivos do alho, erva de que se aproveita o bulbo, principalmente como tempero. Os namorados, entretanto, procuram evitar pratos com tal condimento, já que o beijo fica mais adequado ao trato com vampiros e não com os amados, dado ao cheiro pouco agradável advindo de sua metabolização no organismo.

VÁ PENTEAR MACACOS - Não incomode, vá para longe.

Esta frase, proferida como ofensa, é adaptação de um provérbio português: "Mau grado haja a quem asno penteia". Na tradição de Portugal, pentear burros e jumentos seria tarefa menor, quase desnecessária. Provavelmente o verbo significava escovar.

RASGAR SEDA - Elogiar exageradamente.

Sinônimo de elogios exagerados, tem origem numa situação na qual um vendedor de fazendas vai à casa de uma moça para cortejá-la e, como pretexto, oferece-lhe alguns panos "apenas pelo prazer de ser humilde escravo de uma pessoa tão bela". Retruca a moça: "Não rasgue a seda, que esfiapa-se".

É DE TIRAR O CHAPÉU - É muito bom. 

Tem origem nos cumprimentos que podiam ser feitos com um toque na aba; erguendo-o um pouco, sem retirá-lo da cabeça; tirando-o inteiramente ou fazendo-o roçar no chão, quase como uma vassoura, tudo dependendo da importância social de quem era saudado.

QUINTOS DOS INFERNOS - Amaldiçoar alguém ou local muito longínquo.

Uma corrente (com variantes, é claro) associa o termo quintos ao imposto de 20% cobrados pela coroa portuguesa sobre todo o ouro fundido no Brasil. Falava-se em quintos mais ou menos como hoje ainda se fala em décimas, no sentido tributário. Por causa da antipatia que os brasileiros e os portugueses colonos sentiam por esse tributo, teria sido agregada a locução "dos infernos", ficando então completa a expressão. Outra corrente volta-se para Quintos, uma das freguesias de Beja, em Portugal. Como estava situada, na Idade Média, no limite do território português, a localidade era alvo constante das investidas dos chefes árabes que dominavam grande parte da Península Ibérica, o que tornava infernal a vida nessas paragens. Daí teria vindo o hábito de arrenegar os desafetos e inimigos, mandando-os para "os Quintos dos infernos".

AMA-SECA - Babá.

O termo surgiu na época da escravidão e correspondia à escrava que não amamentava. A escrava que dava de mamar era chamada de ama-de-leite.

A EMENDA SAIU PIOR DO QUE O SONETO - O conserto ficou pior que o original.

Querendo uma avaliação, certo candidato a escritor apresentou soneto de sua lavra ao poeta português Manuel Maria Barbosa do Bocage (1765-1805) pedindo-lhe que marcasse com cruzes os erros encontrados. O escritor leu tudo, mas não marcou cruz nenhuma, alegando que elas seriam tantas que a emenda ficaria ainda pior do que o soneto. A autoridade do mestre era incontestável. Bocage levou essa forma poética a tal perfeição que fazia o que bem queria com um soneto, tornando-se muito popular, principalmente em improvisos satíricos e espirituosos, pelos quais é conhecido.

AO DEUS DARÁ - Deixado de lado.

Esta famosa frase serviu originalmente de resposta de quem não queria dar esmolas. Homens duros de coração.

PONTO SEM NÓ – Faz bem feito, e se fez alguma coisa tem..

Expressões do Futebol
Quem gosta de futebol, seja acompanhando, torcendo ou jogando, conhece muitas
expressões peculiares e o linguajar usados nos meios futebolísticos e, em alguns casos, até fora dele. E a bola é a principal personagem para a criação dessas expressões: Bola murcha, bola fora, com a bola toda, bola pra frente, trocar as bolas, comer bola...

Expressões tão comuns na gíria do povo brasileiro foram, no passado, de uso restrito a jogadores, técnicos, locutores e torcedores de futebol. Criadas espontaneamente para expressar significados que não constavam dos dicionários, o futebolês foi pouco a pouco se incorporando na nossa linguagem coloquial, marcando fortemente os valores e a crença do povo brasileiro. E nenhum outro grupo de linguagem conseguiu influenciar tanto o nosso dia-a-dia e nossa cultura quanto o futebol.

Ganhar "a galera da geral" foi fundamental para o futebol. É na boca das massas que as novas expressões se legitimam e ingressam no vocabulário popular.

A paixão nacional conseguiu reunir uma linguagem única, na mais espontânea forma de expressão.

Quem nunca ouviu falar em:

Pipocar - Quando um jogador evita confrontos com o adversário para não se machucar, a torcida diz que ele está saltando fora das jogadas que nem pipoca.

Chuveirinho - Nome dado à bola levantada que entra pingando no campo.

Deu Zebra - Para qualificar um resultado imprevisto de um jogo, a expressão tornou-se de domínio público e passou a ser largamente empregada, talvez a inspiração veio do jogo do bicho que utiliza quase todos os animais, exceto a zebra.

Estar na banheira – Estar em completo impedimento.

Pimba na gorduchinha – Chute certeiro e forte na bola.

Dar um bico – dar um pontapé.

Dar uma bicicleta - Quando o jogador fica em posição horizontal e acerta na bola com os dois pés suspensos, de costas para o chão.

Dar um carrinho – Correr desenfreadamente para alcançar a bola (ou atingir propositalmente as canelas do adversário), atirando-se sentado, procurando deslizar na grama, com os pés levantados.

Firula - Jogada desnecessária, de efeito, para humilhar o adversário, e impressionar o público.

Ficar na galera – Ficar no meio dos torcedores.Frango - Bola facilmente defensável, e que entra no gol.

Engolir frango – Deixar de agarrar uma bola facilmente defensável.

Amarelar – Demonstrar medo diante do adversário.

Perna-de-pau – Jogador ruim de bola.

Suar a camisa – Dar tudo de si pelo time.

Voleio – Quase uma bicicleta.

Artilheiro – Jogador com o maior número de gols no time ou num campeonato.

Cartola – Dirigente do clube.

Maria Chuteira – Torcedora que quer agarrar o jogador.

Geraldino – Torcedor da geral.

Gol de placa – Gol muito bonito.

Figura – Jogador importante ou curioso.

Finta – Jogada visando superar o marcador.

Balãozinho - Lance de habilidade em que o jogador lança a bola em trajetória curva, bem acentuada, sobre o adversário e, deslocando-se rapidamente, volta a dominá-la adiante no chão.

Pedalada: Quando a bola está parada e o jogador passa os dois pés, alternadamente, por cima dela, como se estivesse pedalando. Robinho é mestre neste tipo de drible.

Bandeirinhas – Árbitros auxiliares.

Bomba - Chute desferido com muita força.

Cama-de-gato - Falta cometida durante a disputa da bola, na qual o jogador simula saltar e, com o corpo, desequilibra o adversário pelas costas.

Virar a casaca - Quando um jogador ou torcedor muda de time.

Vendido - Jogador que se deixa subornar.

Salto alto (jogar de/com) - Excesso de autoconfiança e conseqüente menosprezo pelo adversário.

Peixe - Jogador que é protegido pelo técnico, diretor, torcida e etc...

Roubar a bola - Quando a bola é tirada pelo adversário com habilidade sem o jogador perceber.

Pelota - Bola.

Pelada: Jogo de futebol de várzea.

Mão furada: Goleiro que não consegue segurar os chutes do adversário.

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