Foi assim
Oscar Niemeyer
Conhecido por sua fobia a viagens de avião, o hoje famoso arquiteto preferiu enfrentar oito dias de solavancos pelas estradas poeirentas da capital federal, o Rio de Janeiro a capital gaúcha, a sofrer nas duas horas de vôo nas asas da Varig ou Panair. A viagem está descrita no livro "Oscar Niemeyer" de Marcos Sá Correa. Com dois amigos, Fernando Brito e Gauss Estelita, mais um motorista e seu ajudante, Niemeyer atravessou os estados sulinos numa aventura no pó e no barro, na chuva e no sol, nos hotelzinhos interioranos e nos restaurantes de estrada. Oito dias de ida, oito dias de volta.
Em Porto Alegre, o grupo divertiu-se fazendo QG na Casa de Eloá, uma empresária das chamadas mulheres de vida fácil.
Marcos Sá Correa registra que no relatório sobre a viagem, o arquiteto esquecera o viera fazer no Rio Grande do Sul, o que motivara à aventura. Pois a resposta em relação a esta dúvida está na Enciclopédia Riograndense, editada em 1957: " o objetivo da primeira viagem de Oscar Niemeyer a Porto Alegre foi para atender a um convite para ser paraninfo da primeira turma de urbanismo, um curso pioneiro da Escola de Artes.
Aos jornais de Porto Alegre, Niemeyer confessou-se decepcionado por não ter visto na cidade "nada de arquitetura contemporânea".
Ou melhor dizendo, "não gostou da cidade".
Esta seria a visão de porto alegre nos anos 40 do século passado:
Vista da área do Mercado e Cais Mauá - década de 1950
Avenida Borges de Medeiros - 1940
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